Expositora de artesanatos em atendimento ao público que lotou o evento em busca de informações sobre os produtos da feira |
Feira de produtos agroecológicos, venda de artesanato diversificado, doces típicos, palestras, leitura de poemas e música ao vivo. Esta foi a programação da I Feira da Agricultura Familiar de São José de Ubá, realizada no último sábado (20/10), no Mercado do Produtor. Organizado pelo escritório local da Emater-Rio, o evento mobilizou parcerias institucionais nas três esferas de governo e contou com o apoio de associações comunitárias e do setor privado.
A feira surgiu para atender os anseios dos agricultores. A dificuldade na comercialização dos produtos foi uma das principais demandas levantadas pelos produtores rurais de São José de Ubá, durante a elaboração do Diagnóstico Rural Participativo, realizado com apoio do Rio Rural, programa da secretaria estadual de Agricultura, durante a fase de mobilização das comunidades para o planejamento das ações para a sustentabilidade local.
Supervisor Regional da Emater-Rio, José Antônio Lopes Zampier falou sobre a importância do evento. “Aqui estão reunidas as principais instituições que apoiam o desenvolvimento do setor agrícola”. Zampier destacou, ainda, os avanços do Programa Rio Rural no município. “Já construímos
um legado importante, incentivando o associativismo e a organização comunitária como meio de fortalecimento dos produtores. Novos subprojetos chegarão, e nós queremos ampliar as parcerias para promover o desenvolvimento da agricultura sustentável no município”. Para Newton Costa Pereira, chefe do setor de assistência técnica e extensão rural da Ceasa, o evento é o primeiro passo para a revitalização do Mercado do Produtor de Ubá. “Vamos incentivar a diversificação da produção para abastecer o mercado interno, com a venda direta ao consumidor. E, depois, incentivar esta produção em maior escala, para atender o mercado de atacado do Rio de Janeiro”, explicou.
Diversificação de culturas São José de Ubá é um município essencialmente agrícola, onde 65% da população mora na zona rural. O plantio de tomate teve início em 1958 e é o alicerce da economia até os dias de hoje. “Foi este “ouro vermelho” que permitiu a nossa emancipação política e que trouxe o Mercado do Produtor para cá”, lembra Norma Lúcia Vieira dos Santos, supervisora local da Emater-Rio.
Mas para atender as exigências dos compradores e garantir renda aos produtores o ano inteiro, aos poucos os agricultores ubaenses estão começando a diversificar a produção. O clima e o solo da região são propícios a outras culturas, prova disso é o sucesso do plantio em círculos através do sistema Mandala. Muitos agricultores já adotaram este método, com apoio do Rio Rural e do Sebrae, através do projeto PAIS, e estão produzindo hortaliças, temperos e legumes agroecológicos. Sem espaço para venda direta no município, agricultores comercializam sua produção em feiras das cidades vizinhas.
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