PÁDUA ENTERRA O GÊNIO ALTAMIRO CARRILHO

Posted on
  • terça-feira, 23 de outubro de 2012
  • by
  • Gazeta do Noroeste
  • in
  • Marcadores: ,
  • O brilhante flautista paduano não resistiu a luta contra um câncer de pulmão.

    Morreu na manhã desta quarta-feira (15), no Rio, aos 87 anos o flautista Altamiro Carrilho, o notável músico paduano havia passado mal na segunda dia 13 quando foi levado para uma clínica no mesmo bairro em que residia na Zona Sul do Rio de Janeiro. Unanimidade entre qualquer músico brasileiro, Altamiro iniciou-se musicalmente na tradicional banda Lyra de Orion, e veio a gravar seu primeiro disco, intitulado “A bordo do Vera Cruz”, no longínquo ano de 1949, além deste, Carrilho teve ainda mais de 200 composições musicais assinadas por ele próprio. O músico que vinha sofrendo de complicações no pulmão, veio a sucumbir na luta contra um câncer alojado no mesmo órgão, deixando saudosos milhares de Fãs e apreciadores da boa música. Atendendo o que pode ter sido o último desejo de Carrilho, sua família trouxe seu corpo para que fosse velado e enterrado na terra que um dia precisou abrir mão para ganhar o mundo. A sociedade paduana que foi apanhada de surpresa, reagiu estarrecida ao saber da perda do grande artista. Amigos da família, personalidades políticas e membros dos mais variados círculos sociais de nossa cidade, estiveram presentes na Câmara Municipal de Pádua, para render uma última homenagem ao homem que com a sutileza de seu sopro, conquistou o mundo. A Academia Paduana de Letras, Aplac, a Prefeitura Municipal juntamente com a Câmara e a banda Lyra de Arion, também demostraram seu profundo pesar ao prestar homenagens ao paduano mais notável deste século. O corpo foi coberto pela bandeira de Pádua, terra que tanto amava, como pode-se notar em “Saudade de Pádua”, música composta por Carrilho na década de 60. Ironias a parte, o pulmão que tanto soprou a flauta e levou de nossa cidade nosso amado flautista foi o mesmo que silenciou o instrumento trazendo-o de volta, fazendo uma cidade derramar suas lágrimas para o mestre do choro. Se antes era Altamiro que tocava, agora ou inverso, Pádua declama: Saudade de Carrilho.

    0 comentários:

    Postar um comentário